
“Mom” chegou como não queria nada e está aos poucos ganhando o meu coração.
Chuck Lorre é o especialista em fazer personagens tão errados que fica impossível não gostar. Christie e Bonnie ficam com raiva uma da outra sem sequer perceber os defeitos delas.
Para completar ainda são mãe e filha, o que torna ainda mais difícil uma não se meter na vida da outra.
No meio da maluquice toda, Roscoe é a pessoa mais sensata na casa toda. E com um certo medo de se tornar o pai, assim como a mãe tem medo de se tornar a mãe dela. Aparentemente ele já faz um bom trabalho sabendo que não rola trocar de cueca no meio da loja. Mesmo que a cueca esteja suja e a loja seja de 99 centavos.
O olhar psicopata da Anna Faris enquanto ela sorri (obrigada por um cliente que reclamava do atendimento) foi impagável. Até porque eu imagino que a minha cara fique parecida com aquilo quando alguém reclama que eu tenho que sorrir (não importa qual seja a situação).
E o namorado pateta, que sequer entendeu que tinha engravidado Violet, apenas <3. Ele defendendo Christie para uma jovem de 16 anos grávida é como rir na cara de um leão e, olha, ele deu uma gargalhada.
No fim, meio que fica difícil não simpatizar com a Christie, com toda a bagunça que é a vida dela e a mãe que só bagunça tudo ainda mais. “Está era sua mãe? Não é à toa que você bebeu”. Pois é.
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