
Um frescor bem-vindo no Universo Marvel
“Será que vai ser bom?”. “A Marvel é foda, mas não sei”. “Ele nem é conhecido”. “Era para ele estar nos Vingadores”. “Esses trailers foram tão esquisitos”.
Se você é desses que, como a gente, estava com os dois pés atrás em relação a “Homem-Formiga” pode ir ao cinema sem medo. Serião!
Não só porque Homem-Formiga é um dos melhores filmes da Marvel, ao lado de “Capitão América – O Soldado Invernal” e “Guardiões da Galáxia”, mas porque ele consegue ser bom e divertido ao mesmo tempo que cumpre com maestria seu papel dentro do Universo Cinematográfico da Marvel.
Vamos lá: “Homem-Formiga” é o último longa de uma sequência que fecha aquilo que conhecemos como Fase 2 (basicamente as continuações “Homem de Ferro 3”, Thor 2, Cap 2 e Vingadores 2), ao mesmo tempo em que deixa o caminho aberto para o que vai acontecer nos próximos filmes.
Só que, quase despretensiosamente, este heroizinho pavimenta essa estrada com uma puta dose de leveza e diversão. O que dá uma suaviza e tanto no clima que deve acompanhar os próximos longas do estúdio e prova mais uma vez toda a potência da Marvel no cinema.
Na tela acompanhamos a história de Scott Lang, um engenheiro eletrônico que está preso por roubar uma grande empresa fraudulenta que sacaneava financeiramente seus clientes.
Este Robin-Hood contemporâneo é convocado pelo rico soldado/cientista aposentado Hank Pym (Michael Douglas) [identidade do primeiro Homem-Formiga nos quadrinhos] para que assuma seu traje/veículo, some isso com sua inteligência e habilidade e resgate a fórmula de encolhimento criada por seu discípulo rejeitado Darren Cross, que se torna o Jaqueta Amarela.

Por que essa história é maravilhosa? Em primeiro lugar: Paul Rudd. Além de carismático e bonitão o cara veste a camisa e convence no papel. Em segundo lugar: seu grupo de amigos/ajudantes/companheiros, em especial Luis (Michael Peña) um alívio cômico quase tão bom quanto a Kat Dennings nos filmes do Thor.
Por último, mas não menos importante: Evangeline Lilly. A bonita não marca presença só pra embelezar e figurar de par romântico. A Hope, filha de Hank Pym, surge como mais uma mulher forte dentro do universo Marvel e promete ganhar ainda mais destaque no futuro.

Quanto a efeitos visuais o filme mantém a qualidade esperada. Os momentos em que o Homem-Formiga está pequeno são demais e muito muito criativos. Há uma certa homenagem a “Querida Encolhi as Crianças”. No mais, tem uma importante cena de luta que conecta o Homem-Formiga ao restante do Universo Marvel. Alguns diálogos também cumprem essa função. Não pisquem.
Se você aguentou ler esse texto até aqui, uma dica: não saia da sala antes da última cena pós-créditos. Se você for fã de quadrinhos e filme de heróis, vai começar a contagem regressiva para 2016.
Que venha a Fase 3!
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