
Uma das coisas que eu acho mais bacana (e aqui é totalmente meu lado nerd falando) em “Downton Abbey” é a reconstrução histórica que eles fazem. As cenas do pessoal da cozinha apavorado com a máquina de costura elétrica, Mrs. Patmore indignada com a possível compra de um refrigerador, mas querendo tirar o espartilho, são pérolas.
Assim como a situação de Anna, que mesmo com o marido sabendo o que aconteceu ainda sente que a culpa é dela e que não é digna de ser bem tratada pelo Bates. Vontade de dar um abraço nela e dizer que ela não precisa se preocupar.
O choque dos empregados (e da família, mas eles sabem manter as aparências melhor) com a chegada do cantor negro também foi sensacional. São essas pequenas coisas que fazem de Downton uma das melhores séries atuais.
Duas grandes responsáveis por isso são Violet e Isobel. Enquanto a primeira não consegue abrir mão de seus costumes aristocráticos (e faz com que Maggie Smith seja a melhor personagem da série), a outra insiste em enfrentá-la. As cenas das duas têm sido brilhantes.
Enquanto isso, Rose tenta ocupar o lugar de Sybil, mas no fundo ela é só uma garota mimada sem causa. Sybil sabia o que queria. O casamento com Tom é a prova disso. Aliás, ele apertou meu coração quando disse que ia embora para os EUA. Senti um clima surgindo entre ele e Mary, e já estou quase torcendo pelo casal (desde que isso signifique que ele fica).
Já Edith se entregou com todo aquele desespero atrás de Michael. Desde o primeiro telefonema eu já tinha certeza de que ela estava grávida. E agora ela vai manter o bebê, o que é mais um escândalo para deixar todo mundo em Downton desesperado.
Falando em escândalo, o estuprador de Anna está de volta na casa. O que promete grandes emoções para o próximo episódio (que já é o último, depois só o especial de Natal) e eu fico na torcida dela contar a única informação que falta para Mary, e assim ela dá um jeito na situação e se livra do pretendente.
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