
A série até agora ou review da primeira temporada
No começo de 2013 o Starz exibiu a última temporada de uma das melhores séries dos últimos anos: “Spartacus”.
Carente, portanto, queria algo que preenchesse o vazio existencial e que chegasse à altura daquela produção tão incrível.
Apostei em “Da Vinci’s Demons”, que é do mesmo canal. A chance de ter alguma viadagem seria grande. O que significaria peladezas e meteção.
Eu queria uma série com pirocas, bundas, peitos, lutas, drama, amor, romance, intrigas e bom roteiro.

Vamos dizer que “Da Vinci’s Demons” tem bons roteiros, muita intriga e uns romances avulsos que quase não fazem muita diferença na história. Os vilões são incríveis e os conflitos são ótimos. Mas a viadagem é quase zero e as peladezas são escassas.

Mas né. Já tinhamos começado a assistir e fomos. Vale a pena? Vale. Mas a série é confusa pra caralho e cheia de mistérios. E até agora encheu de perguntas e não deu tantas respostas.
Oh well. Como não poderia deixar de ser a trama gira em torno de Leonardo da Vinci e se passa durante a juventude do artista. Um dos pontos fortes é mostrar a criatividade dele e sua atuação como desenvolvedor de armas militares.

Ele é retratado como um cara curioso e muito mais inteligente que a média das pessoas de seu tempo. Ao romper com alguns dogmas e práticas ele se aventura e se permite analisar cadáveres, o que possibilita o estudo da anatomia, por exemplo.
Uma das coisas mais legais é mostrar como Leo sai de algumas situações e os diagramas animados com seus desenhos, estudos, cálculos e funcionamento de engenhocas.

Até um hábito pouco conhecido é mostrado, como o de comprar pássaros e libertá-los da gaiola para observar a dinâmica do voo e do bater de asas. A Wikipedia confirma a veracidade da informação.

E aí que tá o ponto fraco de Da Vinci’s Demons. A parte do misticismo e mistério. Logo no começo Leo entra num transe louco e se depara com um guru de uma sociedade secreta que precisa de sua inteligência para resolver o enigma de um tal de Livro das Folhas.
O objeto é desejado por seus rivais. A Igreja Católica quer. Eu não entendo direito essa trama, mas tem umas chaves do céu envolvidas no paranauê. Tudo pode ser uma grande metáfora também. Mas nada está claro.
Nem Leo queria se envolver com esse povo aí, mas ele tem um pesadelo recorrente, sobre sua mãe o abandonando. E quer descobrir quem é essa mulher e porque ela o abandonou. A tal da sociedade secreta sabe quem é ela, mas não pode contar a não ser que ele os ajude a encontrar o livro e etc.
Pronto. Temos a sinopse da série. Esse lance todo ser o ponto fraco é porque pareceu num primeiro momento que seria uma série que contaria a história de Leonardo da Vinci. Mas aí, desculpem o spoiler, aparece o Drácula num episódio. O Drácula. Sabe.

E procurando pistas em torno desse livro e dessas chaves e de sua fechadura Leo se depara com um “quebra-cabeças” que é nada mais nada menos que o mapa da América do Sul. O que não orna muito com a realidade. Muita fantasia pra lidar.
A última cena da primeira temporada foi de gritar um grande e sonoro caralho. Nos primeiros minutos da segunda temporada, vemos Leonardo um pouco mais velho conversando com conde Riario, seu grande rival e ambos estão presos num lugar que parece ser uma tribo maia-inca-astecas-bibliotecas.
Como eles chegaram até ali? É o que a gente espera que a nova temporada mostre e que a gente pretende descobrir. Assim que a gente chegar lá a gente volta com review.

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