
Ouvi falar de Colm Tóibin porque ele tem um romance que figura em algumas listas de literatura GLS e isso muito me interessa
Sou louco pra ler “História da Noite”. Está há tempos na wishlist e nos planos de leitura. “Mães e Filhos” ganhei de presente há uns dois ou três anos.
Parecia meio boring. A capa não é legal nem chamativa, o título, convenhamos, não empolga e ele nem sequer é um escritor pop. Protelei. O livro é mais legal do que parece. De verdade.
São crônicas escritas para diversos jornais pelo que entendi da orelha, do prefácio ou dos agradecimentos. Não é um tratado, nem um ensaio sobre a relação entre mães e filhos. Também não é uma obra psicanalítica do tipo filho é assim porque a mãe é assada.
Algumas histórias são sobre as mães. Algumas sobre os filhos. Algumas se dão na ausência delas. A boa maioria na verdade. E apenas uma, eu arrisco dizer, é a mais presente. Colm Tóibin é irlandês. E na Irlanda, vocês sabem, as pessoas são sérias e seus protestos são patriotas.
Então este não é um livro engraçado ou cuja leitura prende. Pelo contrário. Se ficar curioso para ler histórias de um mestre em roubo de quadros ou em como uma senhora viúva e falida muda de vida virando uma bem sucedida empresária ou ainda sobre como um cara usa algumas drogas e tem uma experiência gay e outra senhora alcoólatra foge de casa, bem, é bom você ter o hábito da leitura. Às vezes pode demorar pra pegar o feeling dos textos.
Tem um conto muito bom sobre um padre pedófilo e sua mãe que é bem interessante e curioso. O modo como ela reage, a crueza do conto, o estilo meio secão de narrar os fatos.
Na avaliação geral: duas de cinco estrelas.
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